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sábado, 10 de abril de 2010

O MITO


       Este resumo traz como objetivo apresentar algumas características sobre o mito, o que é como e porque utilizar. E finalmente, fazendo algumas considerações acerca de sua utilização.

       Falar em mito é considerar um símbolo desdobrado pela língua que relata uma cadeia ou série de fatos que tiveram lugar no marco da origem, uma instância que é estranha ao deslocamento interno ou externo da sucessão e do movimento temporal. (O mito, Aspecto incomuns do sagrado; Mito e a linguagem)

       O mito é uma narrativa de significação simbólica, transmitida de geração em geração dentro de determinado grupo e considerada verdadeira por ele. O conhecimento mítico é o saber que a pessoa recebe pela fé, pela confiança que tem em alguma força ou pessoa superior a ela. Nele se fundamenta a religião e a cultura. Aceitam-se as afirmações sem discuti-las ou questioná-las, pela crença no transmissor da mensagem. Esse conhecimento não requer maiores provas intelectuais e vai desde as ingênuas explicações ou simples esclarecimentos de um ministro religioso ou benzedor popular sobre eventos particulares (por exemplo: os raios são a ira de Deus; a AIDS é castigo...) até as complexas teorias sobre os mistérios do cosmo elaboradas pelos grandes sistemas místico-religiosos.

       Segundo o antropólogo Anglo polaco B. Malinowske, “O mito em uma sociedade primitiva, isto é, em sua forma viva original, não é simplesmente a narração de um conto, mas uma realidade que vive. Não pertence ao gênero de fatos inventados que temos em nossas novelas, mas é uma realidade viva que se crê acontecida nos tempos primordiais e influentes a partir de então sem cessar sobre o mundo e sobre o destino dos homens”.

      O homem arcaico não ver o mito como elemento falsário, antes como forma de entender a realidade, na qual procura explicar os principais acontecimentos da vida, os fenômenos naturais, as origens do mundo e do homem.

     Contudo, o homem pós-moderno tem a concepção de mito como relatos de fatos fantastico-poeticas que foram produzidos em um tempo primordial, portanto, história verdadeira e fidedigna, e não fabulação fantástica, tampouco relação vinculada com fatos que aconteceram, porém que ocultamente persistem.

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