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terça-feira, 1 de junho de 2010

UM OLHA SOBRE A ICONOGRAFIA DE CLÁUDIO PASTRO

       Cláudio Pastro nasceu em São Paulo, em 1948. De sua família herdou uma fé firme, um espírito de ordem, de respeito, de harmonia, de garra e de amor pela verdade. Quanto à sua vocação, a dádiva e o carisma estão na raiz de sua história. Há um fio condutor único em sua vida, com pessoas, nomes e lugares que são protagonistas do espírito que ele mantém vivo.
  
    “Quem procura traços de supérflua beleza só encontrará sinais simples, mas densos de verdade cristã.” Assim, o artista Claudio Pastro define sua arte. Ele sempre abominou o subjetivismo e buscou nos mestres da arte helênica e nos “Padres da Igreja”, o princípio do belo, do bom e do verdadeiro. As figuras pintadas por ele jamais ficam isoladas e ele as contextualiza, colocando-as dentro de acontecimentos da história dos homens.
   
      Mediante sinais e símbolos, não de uma mitologia distante, mas da própria Sagrada Escritura, as imagens que são oriundas deste artista, nos revela a presença de um Deus que age em nosso tempo, de modo que a história dos homens seja também, a história de um Deus encarnado, de um Deus que salva. Por este motivo, as pinturas de Cláudio Pastro não podem ser apenas observadas e analisadas. Elas pedem de nós uma atitude de contemplação.
   
     Para este artista, a arte sacra não é o registro de um fato, mas antes, uma questão de verdade e de identidade da divindade, sinal da presença de Deus. Pastro, como todo artista, pede que não percamos a capacidade de nos maravilhar e, deste modo, não permaneçamos passivos robôs do dia a dia.
   
      A arte de Cláudio Pastro é objetiva, não por sua genialidade, mas porque vem da contemplação diária do Espírito, dentro da Igreja. Há uma sutil brasilidade em seus traços e cores, criando uma arte sacra tropical que considera as nossas raízes. Suas formas, suas cruzes e altares têm o frescor do novo, o “eterno novo”, desde a encarnação do verbo no seio de uma virgem. Para o próprio Cláudio, a arte é uma questão de verdade e de identidade.
   
     Em suma, todo o seu currículo indica-nos uma única e constante linha de trabalho que teve berço e, como que, guiado por uma mão forte, foi conduzido e se deixou conduzir com fidelidade à fé, à criação e à tradição. A imagem é palavra silenciosa e amante. Assim, Pastro transforma a linguagem da Sagrada Escritura em imagens de cores e linhas e as transforma em objeto de oração.



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